12 horas de viagem. Avião lotado e apertadérrimo (da próxima vez quero ir de primeira classe!). Curiosidade maior do que a mala que eu havia despachado no aeroporto.
Dormi quase nada, apesar de ter tomado um calmante e um Dramin. A saída era ver um dos filmes oferecidos pela TAM ou ouvir um pouco de música. Escolhi uma música do Maroon 5 e fechei os olhos... Apaguei e acordei umas quatro horas depois, feliz da vida ao ver no mapa exibido no monitor à minha frente que faltavam apenas três horas pra chegar a Londres. Obaaaaaaaaaaa!
O aeroporto de Heathrow, em Londres, é imenso, e as passarelas pra chegar a algum lugar são intermináveis (bom, pelo menos foi o que pensei até ver o metrô). Na imigração, uma moça simpática recebeu a mim e a J., minha companheira de viagem. O interrogatório foi grande: "O que vocês são uma da outra? Há quantos anos se conhecem? Em que trabalham? Quanto dinheiro trouxeram? Posso ver o dinheiro? (sim, até isso pediram) Quanto tempo pretendem ficar? Já têm reservas e passagem de volta? Pretendem trabalhar em Londres?", entre muitas outras perguntas das quais nem me lembro mais. E eu me segurando pra não ter um bloqueio e não conseguir me lembrar das respostas em inglês e também pra não ter um acesso de riso, senão ia parecer estar escondendo alguma coisa.
Liberadas por fim, seguimos rumo ao metrô (Underground ou The Tube). O primeiro desafio era comprar o passe (compramos o cartão recarregável Oyster pra uma semana, porque a nossa ideia era utilizar o sistema de transporte público o máximo possível); o segundo era desvendar o mapa das estações e descobrir pra que lado ir. Pra minha alegria, isso acabou não sendo um problema: consegui entender aquele emaranhado de estações numa boa. Eu, que sou péssima com mapas (é, o mundo ainda tem salvação). Peguei o trem pro lado errado só uma vez, no fim da viagem, mais por cansaço do que por desconhecimento do esquema. Se você ficou curioso pra saber mais sobre o funcionamento do metrô de Londres, leia este blog e este post: http://sundaycooks.com/2011/02/02/sem-misterios-metro-de-londres/. Desse jeito você poderá ir pra Londres mais bem preparado do que eu, que, infelizmente, só descobri como fazer tudo isso na raça e achei o blog depois de voltar pra casa. =(
Passe comprado, plataforma encontrada - tínhamos de ir pra Victoria Station, pois ficaríamos hospedadas no Thistle Westminster, hotel na Buckingham Palace Road (isso mesmo, na rua do palácio da Rainha!!!) -, entramos no trem. Os vagões são mais estreitos que os do metrô de São Paulo, as pessoas só entram no trem depois que todos os que tiverem de descer já desceram mesmo, ninguém se atropela. Incrível também a pontualidade: não é fama não. Se um trem está programado pra passar às 17h13, pode esperar por ele nesse horário.
Embora seja um meio de transporte muito prático para se locomover em Londres, o metrô dá uma certa sensação de angústia. Pra quem é meio claustrofóbico essa angústia aumenta, porque as vias são neverending e as escadas intermináveis. Se virar pro lado errado, já era, por isso, siga as placas sempre. Tudo é muito bem sinalizado, então você corre menos risco de se perder se orientando por elas.
Well, uma hora de metrô depois, chegamos ao hotel sãs e salvas. Ufa!
Contudo, o sábado estava perdido, porque entre a chegada ao aeroporto e a chegada ao hotel se passaram aproximadamente cinco horas!!!!! Só nos restava ir dormir...